domingo, 26 de outubro de 2008

Vivo Zap: 1 mês de uso

Um mês já se passou e pude ampliar um pouco minha experiência com o Vivo Zap e o modem Aiko 82D.

Ainda não chegou na data da fatura, que é dia 28, mas já utilizei mais de 3GB de transferência e nada aconteceu de adverso. Mesmo descontando os dias anteriores a 28/09 (pro caso do sistema ter zerado a quota baseado apenas no dia da fatura, mesmo sem ela ser emitida naquele mês), ainda dá um pouco mais que os tais 2GB que seriam o limite.
O que me deixa na dúvida se o limite é realmente esse (no site da operadora diz 1GB, na loja e em outros cantos vi 2GB). E se for, se o sistema é realmente automático (não estranharia um limite flexível que só se tornasse rígido se o usuário abusasse durante alguns meses) e como seria exatamente.
Acho que aproveitarei pra abusar um pouco da conexão nesses próximos dias pra testar.


Se por um lado não chutaram minha velocidade pra 128kbps, por outro pude experimentar velocidades reduzidas em alguns momentos... não sei se por lerdeza geral do backbone da Vivo, por congestionamento da rede local ou pelos sites todos que inventei de acessar nesses momentos estarem lerdos (inclusive o velocímetro da RJNet). Mas não foi nada que me fizesse arrepender em ter escolhido essa operadora... foi num dia ou outro apenas, e nada que tornasse o uso da internet impraticável.

Com mais de 1 mês de uso pude levantar algumas estatísticas também.
Embora não chegue a cair direto, de vez em quando acontece. Atualmente, durante a semana, não costumo ter tempo de utilizar o computador pela manhã ou à tarde, costumando conectar apenas à noite. Pode até acontecer de, voluntariamente, desconectar umas 4 vezes por dia, mas é muito mais comum fazê-lo apenas uma vez. Mesmo assim, segundo o Windows Vista, já estou na minha 140a conexão pela Vivo. Nessas últimas horas mesmo, fui desconectado umas 3 vezes, e fico meio sem enteder a razão, já que não estava chovendo ou coisa do tipo, o horário passa longe de sobrecarregado e, desde que comprei uma extensão USB e, literalmente, pendurei o modem perto da janela, o sinal anda mais forte que outrora (antigamente oscilava entre 0 e 1, se muito chegava a 2 quando mantinha o modem em mãos próximo à janela... agora costuma ficar entre 3 e 4).
Não chega a ser tão frequente a ponto de irritar, mas é chato isso acontecer quando se está no meio de um download, vendo uma informação rapidamente antes de sair, ou jogando algum jogo online.


Outra coisa que vi é que a potência do sinal não mudou lá grandes coisas na minha experiência com 3G da Vivo.
Embora consiga um sinal bem mais potente agora, pouco mudou. Ainda sou desconectado e a velocidade continua a mesma.

Sobre a velocidade, talvez seja porque a tecnologia comporta velocidades maiores, e aquele mínimo que eu conseguia já garantia o suficiente pro limite que a Vivo impõe. Ou isso ou a força do sinal não afeta a velocidade, o que considero improvável.

Sobre as desconexões, talvez esteja evitando uma e outra que ocorressem por perda total do sinal, mas anda caindo ainda mais ou menos a mesma coisa. O que consigo evitar agora é a ocasião de quando o sinal zera e depois não consigo conexão durante algumas tentativas. Mas como acontece de conectar e não conseguir transferir nada (sendo obrigado a reconectar pra ver se passou a funcionar), não muda muito também.


No geral, ainda estou contente com o serviço recebido. O que eu melhoraria de imediato seria o software.
Embora o programa seja até legal, registrando o tráfego de cada conexão, permitindo mexer nas configurações e tendo uma caixa postal pra lidar com SMS trocado pelo número do modem, há algumas melhorias cruciais a serem feitas.

A mais importante delas seria incluir uma rediscagem automática. É chato ter que ficar abrindo o programa e mandar discar novamente, isso depois que você percebe que a conexão caiu (ele tem um aviso sonoro e o ícone no system tray muda, mas nem sempre dá pra notar num ícone pequeno e discreto ou no som feito).

Outra melhoria interessante seria que o programa listasse a transferência de dados total realizada num determinado período. Atualmente, a única maneira de saber quando eu transferi de um determinado dia até o atual seria apagando os registros naquele determinado dia (e ele guardaria as informações daquela data até a atual) ou somar manualmente.
Se fosse num ambiente onde não precisasse me preocupar com quanto transferi no mês, isso seria praticamente irrelevante, mas como não é o caso...

E por falar nessa lista, seria bom se o programa gravasse a informação da conexão atual mesmo se o programa não fosse fechado manualmente antes de mandar o Windows desligar o computador. Atualmente, se estou conectado e esqueço de abrir o programa, mandar desconectar e depois fechá-lo antes de mandar o Windows desligar tudo, ele simplesmente não registra o que foi feito na conexão ativa. É coisa pequena, e pouco importaria se eu não tivesse que me regular na transferência mensal, mas...


PS: Desconfio que algumas das desconexões com sinal forte possa ter relação com a ociosidade na mesma. No momento, estou com a maioria dos programs fechados, apenas com a página do Blogger e um aplicativo leve fazendo uso da internet (e ambos transferem pouquíssima coisa a cada minuto), e nessa já tive que reconectar umas 5 vezes.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Vivo Zap/Aiko 82D - Evitando desconexões

Nessa semana de uso, pude aprender algumas coisas sobre o Aiko 82D.

Uma delas foi a de evitar ser desconectado com frequência.
Como não me interessa ficar conectado via EDGE (só se não houvesse alternativa), uma das maneiras que descobri pra não ser desconectado pelo sinal 3G ficar muito fraco é ir na parte de Settings>Network Settings>Mode Preference e escolher Only 3G.
Isso evita de quando o sinal fica fraco demais do modem detectar EDGE e esquecer o HSDPA. Mesmo em alguns momentos quando o sinal fica sem traço algum, na maioria das vezes não desconecta, e a velocidade fica normal. Claro, se o sinal cortar de verdade (não apenas ficar fraco o suficiente pro modem mostrar 0 traços), mágica o modem não faz, mas isso é incomum, ao menos aqui.

Outra coisa foi de saber quando mandar reconectar. Às vezes o modem não desconecta, mas a conexão fica paralizada. Aí é só questão de ver se ainda tem algum sinal e mandar reconectar. É pouco frequente, mas acontece.

No geral, ainda não tive o que me queixar quanto à velocidade. Normalmente tenho oportunidade de usar um pouco entre 12h e 13h e a partir das 17h, e não peguei nenhum momento que aparentasse estar visivelmente mais lento. Mesmo o pessoal da loja tendo avisado que o normal é ficar entre 400kbps~600kbps, toda vez que precisei transferir um arquivo ou testei via velocímetro da RJNet, não detectei velocidade muito abaixo de 1mbps.
Claro, não tive como testar mais extensivamente por causa da tal "franquia" de 2GB. Com isso, não tenho como deixar baixando arquivos o dia todo pra saber se tem algum período mais fraco ou coisa do tipo. Aliás, também não arrisquei testar ainda se o limite é mesmo esse, afinal de contar minha primeira fatura só é pro dia 28/10 e não vou arriscar ficar com internet de 128kbps até lá. Deixa chegar perto do dia 25 que avacalho com a conexão pra averiguar isso tudo.

Falando nisso, uma coisa que vi foi em relação a tráfego de dados. Como antes de ter esse tipo de limitador, nunca me preocupei muito com quantos bytes transferia apenas navegando e utilizando a internet levemente. Vi que com uso bem casual meu, em 1h costuma render mais de 30MB transferidos, ou seja, fatalmente terminarei excedendo os tais 2GB em menos de 30 dias. Como não sou do tipo que costuma usar apenas 1h/dia ou se restringe apenas a uso leve, essa "franquia" atrapalha um bocado.
Seria bom se as operadoras tivessem como oferecer um plano realmente ilimitado, nem que fosse uns R$150/mês. Mas como essas costumam pegar uma estrutura mínima, provavelmente não dariam conta de sustenta um serviço de qualidade com uma demanda maior (muitas das queixas que se vê por aí quando a internet móvel é justamente relacionada a baixa velocidade...).

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Internet móvel - Vivo Zap

Quando finalmente comprei um monitor e consegui colocar meu desktop pra funcionar, o próximo problema a resolver seria conectar à internet.

Atualmente, em São José dos Campos, estou no Hotel do ICEA, dentro do CTA, e por isso comecei a procurar informações sobre internet móvel, já que havia sido informado que não daria pra ter conexão ADSL ou cabo (aparentemente, 15 dias atrás essa situação mudou, já que um vendedor do quiosque da Speedy, no Shopping Center Vale, me informou que estava sendo possível já, mas confirmo posteriormente se for o caso, já que ficaram de enviar um técnico pra testar a viabilidade).
Aproveitei quando pude ter acesso à internet pra saber mais sobre o assunto, como as operadoras que oferecem o serviço, experiências de usuários etc. Também passei nas lojas das operadoras no Center Vale, perguntei tudo o que lembrei de relevante e tal. No fim, fiquei com 3 opções:
  • Claro - Essa é uma que ouço falar faz tempo em termos de 3G, já que foi a primeira a oferecer o serviço em Recife. Os pontos positivos são que os planos dela são baseados na velocidade de conexão (250Kbps, 500Kbps e 1Mbps), com preços razoáveis e já tem rede 3G bem estabelecida aqui em São José.
  • Tim - O 3G dela agora oferece planos de até 7,2Mbps. Infelizmente, aqui em São José, a própria loja me informou que não há cobertura 3G por aqui ainda e nem previsão de ter, logo fica-se limitado a EDGE e seus 200-250Kbps máximos, o que derruba qualquer mérito do plano de 1Mbps ilimitado ter a mesma mensalidade da Claro, e ainda por cima os demais planos são pacotes de transferência, então não há nem como tentar pegar um plano pra pagar menos, já que não atingiria 1Mbps mesmo.
  • Vivo - Era 2G até o mês passado, mas estão implementando 3G HSDPA. Inicialmente, a perspectiva que eu tinha era de algo bem similar a Claro, com um plano de 1Mbps a R$100, mas com transferência realmente ilimitada mas com um grande porém de provavelmente o sinal aqui no CTA ser 2G. Mas com a vinda do HSDPA, a mensalidade aumentou (sendo a única empresa cobrando R$120/mês) e terminei descobrindo que tem a mesma limitação de transferência das demais, cobrando por pacotes de transferência nos planos mais baratos e ainda com a dúvida se rolaria sinal 3G dentro do CTA.
Pra todas as operadoras, há diversos pontos contra não citados acima. Contra todas pesam diversas reclamações quanto a:
- qualidade do serviço (desconexões, velocidade abaixo do esperado, mal atedimento, cobrança indevida etc),
- fidelização de 1 ano caso adquira o modem pela "promoção",
- e o pior, todas fazem a propaganda enganosa do "ilimitado" (no fim, todos os planos ilimitados reduzem sua velocidade a 128Kbps caso se transfira mais de 2GB naquele mês de cobrança e só volta ao normal após o pagamento da fatura)... isso é especialmente frustrante se considerar que a 1Mbps se transfere mais de 4 vezes essa "franquia" em apenas um dia se utilizar toda a banda. Mesmo com um uso moderado, sem ficar baixando arquivos, periga passar desse limite apenas no ato de visitar sites mais pesados ou assistir vídeos no Youtube.

Quanto à qualidade do serviço eu estava no escuro porque não encontrei a opinião de nenhum usuário de dentro do CTA pra saber como se portava por aqui (como é uma base militar, o comportamento do sinal de celulares é um pouco atípico), e os problemas variam de local pra local, com pessoas da mesma cidade tendo opiniões opostas sobre as operadoras, simplesmente porque a cobertura em alguns bairros é melhor em uma operadora que outra.
Antes eu estava determinado a contratar os serviços da Vivo mesmo. Não estava a par que lá também havia o limite de transferência e todos que me atenderam na loja o fizeram muito bem, respondendo a tudo que eu perguntava e agindo com honestidade, inclusive chegando a me desaconselhar a assinar com eles porque haviam descoberto que da porta do CTA pra dentro o sinal 3G sumia, então seria bem grande a chance de ficar limitado a EDGE aqui. Mas com a ignorância sobre o limite, o bom tratamento na loja e a perspectiva de expansão da cobertura 3G, estava disposto a passar um tempo em EDGE pra contar com 3G num futuro próximo.
Mas isso caiu por terra quando descobri o limite via internet e confirmei na loja. Sendo assim, valeria muito mais a pena arriscar um plano de 500Kbps da Claro... pagaria R$70/mês e não teria uma velocidade muito inferior, já que todos dizem que a velocidade de 3G em São José costuma ficar entre 400Kbps e 600Kbps mesmo.
Quando voltei dia 22/09/08 no Shopping Center Vale (havia ido antes pra fazer outras coisas, mas havia esquecido o comprovante de residência), fui já com a certeza de ir na Claro e adqurir o produto deles, só que fui impedido pela... própria loja! Disseram-me que apenas contas eram aceitas como comprovante de residência, e quando indaguei se não tinha como ver se dava mesmo pra fazer com o que tinha (era a correspondência que o banco havia me enviado... uma falando do código do cartão eletrônico e outra onde veio o cartão de crédito), me recomendaram passar na outra loja, que é maior e talvez resolvessem. Mas lá ouvi da própria gerente que não seria possível, que poderiam até tentar digitalizar e enviar, mas que era certo que voltaria.
Como não estava afim de esperar mais tempo pra ter internet (estava desde o início do mês sem e estava me atrapalhando cada vez mais), resolvi tentar a Vivo mesmo. Lá, falei com um dos vendedores com que já havia conversado e ele me deu uma resposta parecida... quando perguntei se não podia ver se realmente o comprovante não serviria, o vendedor foi conversar com a gerente, eles resolveram tentar passar a correspondência pra ver se o sistema aceitava, e funcionou. Como havia uma mulher um pouco enrolada fazendo a compra de um celular na minha frente, tive que esperar um tempo ainda (já havia passado das 22h e a porta da loja até fechada estava), mas finalmente o vendedor me entregou um modem Aiko 82D, e como eu queria evitar dor de cabeça posteriormente, pedi pra que fosse testado ainda na loja antes de assinar o contrato, pedido atendido prontamente e sem má vontade, mesmo já tendo passado meia hora desde o fechamento da loja.
O modem foi rapidamente reconhecido pelo já surrado notebook da loja, mas não havia sinal algum. Quando resolveu chamar o técnico, o vendedor lembrou que havia esquecido de inserir o chip GSM no modem, e quando o fez, o sinal HSDPA pegou com força total, e devidamente conectado pedi pra testar, fui no velocímetro da RJNet e acusou a velocidade total que vendem (até um pouco mais... chegando a 130kb/s em transferências, quando o normal é cerca de 102Kbps) e com um ping pra alguns ips nacionais de 100ms, bom demais se considerar que normalmente o pessoal reclama que lag de internet móvel passa de 300ms. Saí de lá satisfeito, ainda que sabendo da grande possibilidade de só contar com EDGE no meu quarto.
Aqui demorou um pouco mais a reconhecer o modem, já que o soft não estava previamente instalado, além do mais optei por usar o cabo mais longo, e aparentemente um dos conectores dele (possui 3 no total) não funciona. Uma vez com o programa instalado e o modem reconhecido, faltava conectar. Fiquei testando o sinal, levantando o modem mais pra próximo da janela, que é onde o sinal fica melhor pra celulares, e eis que o acusa sinal 3G, mínimo, mas acusa. Tentei conectar, mas logo caia e acusava sinal EDGE com uma força maior, de vez em quando aparecendo HSDPA com 1 traço apenas. Tentei esticar o cabo todo em direção da janela e consegui um segundo traço no sinal, e assim conectei. Permaneceu conectado, e não é que quando fui fazer o teste na RJNet a velocidade foi tão boa quanto no Shopping? Tratei de baixar o driver da nVIDIA que estava precisando, e lá foi o modem devorando o arquivo, ficando constantemente próximo de 140kb/s. Quando terminou o download, arrisquei por o modem em cima da mesa, o sinal caiu pra 1 traço, mas a conexão permaneceu ativa.

Hoje é meu 3º dia com esse modem funcionando com Vivo Zap e estou bem contente com o serviço. O modem aparentemente é resistente (cheguei a deixá-lo cair e não houve problema algum), funciona bem e dá pra usá-lo com facilidade tanto em desktops quanto em notebooks.
A velocidade tem permanecido boa, com algumas oscilações e ficando bem lenta em alguns momentos, mas, pelo visto, é mais pela perda do já fraco sinal que de sobrecarga de dados na rede da Vivo, embora não tenha testado mais consistentemente, já que há o famigerado limite de 2GB, e mesmo usando pouco e baixado apenas alguns arquivos essenciais (fora um update automático que o Windows resolveu fazer antes de lembrar de desabilitar isso), já transferi mais de 500MB.
O único "truque" que ando precisando fazer é erguer o modem até perto da janela pra conseguir um sinal melhor, conectar e depois colocar o modem de volta na mesa. Com isso tenho conseguido conectar em 3G e mantê-lo assim (fui falar, acabou de cair a conexão, lá vou eu levantar o modem de novo). Creio que isso deva melhorar quando ampliarem a cobertura na cidade (que, aparentemente, anda restrita a poucos bairros ainda).
E de queixa mesmo, só esse limite escroto de 2GB. A Vivo bem que poderia removê-lo e assim justificar esses R$20 a mais que cobra em relação à Claro.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Nokia E50 - Primeiras impressões

Tendo meu antigo Siemens A50 caido mais uma vez na última semana de agosto, fui pegá-lo mais uma vez no chão, mas dessa vez não quis mais saber de funcionar.
Como o último celular que eu tive a liberdade de escolher havia sido um Nokia 3310 (da época que a Oi começou a operar em Recife — depois que ele foi furtado, cheguei a utilizar outro 3310 e o A50, mas ambos foram procedentes de amigos, que emprestaram ou deram já que eu estava em um e sou grato por isso), decidi comprar um modelo um pouco mais caro e que suprisse minhas necessidades no momento além da básica (fazer/receber chamadas).

Comecei a procurar um modelo que:
  • tocasse mp3 (nunca fui lá muito dependente de walkman/discman/pmp, mas adquiri um certo gosto por música portátil desde que ganhei um pmp chinês de presente e passei a usá-lo nas idas e voltas do trabalho);
  • tivesse suporte a Bluetooth (havia ganho um headset Bluetooth há meses, mas nunca pude usá-lo por não ter suporte a isso no meu celular ou PC)
  • fosse barato - preferencialmente algo até R$250;
  • possuisse memória flash abundante - provavelmente seria uma memória externa a ser comprada separadamente, já que poucos modelos vêm com vários gigabytes embutidos... MicroSD, de preferência, por ser mais amplamente utilizada e barata;
  • se possível, rodasse emulador de Mega Drive - essa não era uma prioridade, mas meu pmp roda jogos de NES (e abre de SNES também, embora o processador não permita uma experiência lá muito agradável com essa plataforma), então sabia que bastava que o celular tivesse um processador minimamente decente e possuisse uma plataforma que permitisse terceiros programarem aplicativos com facilidade pra ele;
Claro, visor colorido, a essa altura, é algo praticamente certo em qualquer modelo, bem como outras coisas, como conectividade com PC e afins. Mas esses ítens meio que viriam de "graça" no caso de conseguir algo que preenchesse minhas especificações prioritárias. Seria mais o caso de o quão interativo ele seria com PCs e se a resolução do visor seria boa o suficiente pra dar conta do emulador e afins.

Junto com algumas pesquisas pela internet, resolvi pedir a um amigo meu do trabalho (Bruce) algumas dicas, já que ele tem um conhecimento/interesse bem maior que o meu em celulares. Uma das coisas que ele me disse foi que qualquer modelo da série S60 da Nokia teria emuladores de consoles como Mega Drive.

Procurando no Mercado Livre consegui achar alguns modelos mais básicos que tocavam mp3 por menos de R$100, mas aparentemente não eram muito eficientes nisso. Depois disso havia um certo vão na faixa de R$100~R$200, e não estava nem um pouco disposto a pagar R$200~R$250 num modelo que apenas tocasse mp3 além de fazer o básico de todo celular (como um modelo que vi da Motorola).
Um pouco acima de R$250 (R$269,90, mais exatamente), achei o Nokia E50, que tinha os dois "supérfluos" mais importantes pra mim nessa busca (mp3 e Bluetooth) e estava apenas R$20 acima do máximo que pretendia pagar. E vinha com extras que, embora eu não valorize muito, ajuda a justificar essa diferença no preço, como a câmera. E tem o Symbian como sistema operacional, o que abria as portas pra um universo de aplicativos 3rd party, inclusive emuladores.

Ainda pretendia pesquisar mais a fundo, mas como no dia 27/08/08 descobri que embarcaria 4 dias depois pra São José dos Campos, resolvi acelerar o processo de compra, tanto pra resolver o máximo de pendências em Recife, bem como pra viajar com um aparelho pra minha nova morada pelos próximos meses (estaria fazendo um curso pra formação de controlador de vôo pela Infraero no CTA). Tive uma certa dificuldade de comunicação com a loja que vendia o aparelho, mas consegui fechar a compra na quinta, com um vendedor em Pernambuco mesmo (precisaria ser assim, já que esperar por envio pelos Correios seria complicado a essa altura) e já recebi o aparelho (com câmera e bloqueado pra Tim) e uma memória MicroSD de 2GB (por mais R$40).
Pesquisando na Internet, terminei descobrindo que o modelo não era desbloqueado tão facilmente, então a melhor maneira seria levar na operadora pra fazer esse serviço. Resolvi ir na Oi, já que sou cliente pré-pago deles e fazem toda aquela propaganda sobre desbloquearem aparelhos de graça (embora tivesse lido que, aparentemente, não estavam conseguindo desbloquear esse modelo, mas não custava nada tentar), mas realmente pecavam na abrangência de modelos que conseguem destravar, e terminei levando e conseguindo destravá-lo na Tim (que foi quem havia bloqueado mesmo).

Finalmente com o celular completamente funcional, testei o headset Bluetooth (um modelo da Samsung), e fiquei um pouco decepcionado com a qualidade do som. Juntando isso ao fato do consumo maior de energia, resolvi usar o headset com fio que acompanha o aparelho mesmo e deixar o Bluetooth na reserva pra quando realmente houver necessidade da ausência do fio.
Antes disso (quando ainda estavam sem o chip gsm por conta do bloqueio) já havia testado:

a capacidade de mp3 - qualidade satisfatória de som e volume potente, considerando que é um celular);
a câmera - essa me dando razão a não dar muita bola pra câmeras de celulares que não sejam notavelmente boas. Tirando fotos com muito ruído caso não se esteja sob a luz do sol ou algo equivalente e sendo fraca no geral, considerando que perde de longe de câmeras digitais dedicadas de 6 anos atrás... a função Nightshot ajuda a remediar o ruído na imagem, mas ainda sim não passa de uma câmera de 1,3 megapixel ordinária, com lentes medíocres e sem direito a zoom ótico ou flash;
a memória flash - testei apenas o modo de transferência de arquivos, não tendo instalado o Nokia PC Suite, o que faz com que o celular funcione como um mero pendrive, deixando-o em modo offline (sem funcionar a parte de telefonia). Mas funciona bem como um pendrive deve... velocidade boa (sem interferência aparente na velocidade da MicroSD em si), detectando normalmente e tal;

Mas de tudo isso, sabem o que mais me impressionou? Uma mensagem SMS. Quando coloquei o chip, e eventualmente recebi uma SMS, pude visualizar a mensagem inteira numa só tela, colorida e bem visível. Pode parecer banal (e até é, hoje em dia), mas como estive acostumado com displays monocromáticos de baixa resolução em toda minha vida de celular (que consiste, cronologicamente, em um Motorola Lite II, Nokia 6120, Nokia 3310 e Siemens A50), terminou me surpreendendo.

Eventualmente, fui na internet procurar pelo tal cobiçado emulador de Mega Drive e finalmente encontrei o PicoDrive (penei um pouco porque havia achado primeiramente apenas versões pra 1a e 2a geração de S60, e demorei algumas horas até me informar o suficiente que o meu celular era de 3a geração e apenas aplicativos específicos pra S60 3rd funcionariam nele, e ainda por cima pra achar a versão adequada do PicoDrive, que por aparentemente não ter mais site oficial, não foi exatamente a coisa mais fácil do mundo).
Conseguindo instalar, finalmente pude realizar minha ambição de ter um dispositivo portátil rodando um dos meus jogos favoritos: Phantasy Star II.
O emulador sofre um pouco pra funcionar no Nokia E50, tendo sido necessário reduzir a qualidade do som pra não haver uma perda de quadros muito notável no jogo, mas de resto funciona bem, permitindo diferentes rotações de tela (eu optei por Landscape Right, que faz com que seja necessário visualizar a tela com o celular de lado, com o teclado ficando pro lado direito, assim aproveita-se melhor a resolução da tela, bem como me adequei melhor aos controles dessa forma, com os botões ficando à direita do joystick). Outro problema que tive foi com a parte da emulação da bateria de savegame não operar devidamente, mas é apenas questão de utilizar a função de savestate existente no emulador, que, inclusive, é mais eficiente.

Demorei um pouco, mas antes de viajar ainda testei o headset com ligações, e o mesmo funciona muito bem. Quem conversou comigo meu ouviu muito bem, e mesmo com uma certa quantidade de ruído ambiente foi possível escutar a pessoa. As únicas coisas que eu melhoraria no headset seria pra parte de ouvir mp3: não há controle de volume no próprio headset (quando estou com ele, normalmente o celular está com o teclado travado, dentro do bolso ou da mochila e faz falta não ter esse controle à mão) e o headfone é mono auricular (faz falta tanto pra uma melhor experiência na hora de ouvir música, bem como o isolamento em relação ao ambiente poderia ajudar em ligações com níveis maiores de ruído ambiente).

Usei a câmera pra registrar alguns de meus últimos momentos em Recife antes do embarque (já que não tenho uma câmera de fato), reforçando meu argumento de optar pelo modelo com câmera na hora da compra (além da diferença ser pequena, sabia que poder contar com uma câmera sempre à mão, ainda que de baixa qualidade, seria útil). Também a utilizei pra registrar minha chegada a Guarulhos, e depois ao CTA.

Poder contar com uma boa quantidade de música enquanto aguardava o embarque, bem como durante alguns trechos demorados (como o ônibus de Guarulhos pra São José dos Campos) foi benvindo. Embora ainda tenha meu pmp, a bateria dele está nas últimas (não que tenha sido lá essas coisas todas algum dia, mas ultimamente mal dura 1h), enquanto o E50 segura bem mais.

Aliás, tive a única surpresa desgradável relacionada a celular nesse tempo todo assim que cheguei em Guarulhos, mas nem foi culpa do aparelho, e sim da operadora. Havia vindo a São Paulo em janeiro, e desde aquela época a Oi já fazia propaganda como se já estivesse presente no estado. Não estava, mas parecia ser iminente, por isso, passados 8 meses, dava como certo poder chegar em Guarulhos e já captar sinal. Eis minha surpresa que o sinal permaneceu zerado mesmo depois de minha chegada a São José dos Campos. Com isso fui obrigado a buscar uma outra operadora (terminei pegando um chip pré-pago da Claro, já que as únicas pessoas que conhecia na cidade tinham aparelhos dessa operadora, além de muitos amigos em Recife também usarem números da Claro). Curiosamente, uns dias depois, quando inventei de recolocar o chip da Oi, finalmente obtive sinal... de roaming, pela Claro. Estranho não ter pego esse roaming antes, mas também não seria muito legal ficar recebendo ligações no meu pré-pago estando em roaming por outra operadora.

Trouxe meu PC desktop na bagagem (apenas a CPU, porque um monitor CRT de 19" seria trabalhoso e custoso de trazer na viagem, fora que já andava paquerando monitores LCD de 22" há algum tempo), e pela ausência de monitor (bem como falta de boas opções de adquirir um monitor 22" por um bom preço e pra pronta entrega), terminei ficando privado do meu principal meio de ocupar meu tempo livre.
Foi aqui que meu Nokia E50, mesmo estando sem funcionar como telefone (demorei alguns dias até adquirir o chip da Claro), teve papel importante mais uma vez: me supriu entretenimento nas minhas horas vagas (ainda que ficasse da hora que acordava até 17h em função do curso, mesmo conhecendo a cidade, pessoas novas, comprando mantimentos e afins, ainda sobrava algumas horas por dia). Durante minhas idas a algum canto, sempre estava escutando alguma música nele. No quarto do hotel, enquanto estava ocioso (não sou do tipo que assiste TV), pude ficar jogando Phantasy Star II a gosto (pretendo terminar jogando-o inteiro no E50, inclusive tentando umas coisas que ainda não fiz o jogo até hoje).

Definitivamente, foram R$320 (270 do aparelho, 40 da memória, 10 do frete via motoboy) muito bem aplicados.
Ainda falta muito a ser explorado no celular (entre outras coisas, quero ver se consigo por pra funcionar um programa de controle remoto de TV nele, até porque a TV daqui do quarto tá sem o controle), mas o que pude usar até agora, no geral, me agradou. Espero, futuramente, encontrar um headset da maneira que quero e torço pra que a incapacidade de enviar alguns arquivos via Bluetooth pra um amigo meu se deva a alguma distração minha ao invés de interface mal projetada ou alguma falha momentânea... a parte de reprodução de vídeo também não me animou muito, mas farei novas tentativas na esperança do celular realmente ter uma capacidade boa e estar apenas faltando achar uma configuração boa. De resto, seja pra ouvir música, jogar, fazer anotações (tô utilizando mais o notepad dele do que achei que faria), me acordar com o despertador (aliás, ele seria um pouco melhor se pudesse definir o dia também ao invés apenas da hora) ou mesmo pra receber chamadas, estou bastante feliz e não creio que pudesse ter feito compra melhor, principalmente considerando o custo.